No Paraná existem empreendimentos autorizados a vender algumas espécies nativas silvestres para serem criadas em casa, tudo de maneira controlada. Eles podem ser criados em ambientes domésticos, desde que respeitando algumas normas para manter a saúde do animal. Não é como criar um cão ou um gato dentro de apartamento.
São corujas, papagaio-verdadeiro, arara-canindé, jabuti, iguana, jibóia, e alguns mamíferos que só podem ser criados em casa quando comprados de um criador comercial devidamente autorizado pelo Ibama ou pelo Instituto Ambiental do Paraná. Quem quiser criar um desses como animal de estimação precisa ter nota fiscal da compra do animal silvestre e certificado de origem.
ATENÇÃO: Manter animal silvestre em casa sem devida autorização ambiental e comprovação de origem é crime ambiental e as sanções variam de multa a prisão!
Os animais nativos silvestres criados como domésticos precisam de rotina e todos os cuidados para atender as suas necessidades. São cuidados com a alimentação, espaço e rotina de circulação. Aves, por exemplo, precisam de espaço e rotina de vôo. O mais importante sempre é cuidar da saúde do animal e de seu dono, pois doenças podem ser transmitidas de um para o outro podendo causar a morte dos animais e prejuízos ao ser humano.
Por isso, ter um animal desses em casa pode não ser muito barato. Cobras, por exemplo, chegam a precisar de um investimento de mais de R$ 4 mil por mês só na compra de alimentação, ratos de determinada espécie congelados que devem ser encomendados somente para esse fim. Tudo isso sem contar no atendimento e acompanhamento de um veterinário.
Mas por que então ter animais silvestres em casa?
Lugar de animal nativo silvestre é na mata, no seu habitat natural. Mas estudos comprovam que regularizar o comércio e a criação desses bichos é uma forma de inibir o tráfico de animais, um dos três tipos de tráfico mais praticadas no mundo.
Dessa forma, pessoas interessadas em criar animais nativos silvestres como domésticos poderão comprar os mesmos de criadores comerciais legalizados. Ou seja, animais que já nasceram em cativeiro e não foram tirados da natureza.
Além disso, existem criadores comerciais e amadores interessados na reprodução das espécies para reinserção das mesmas no meio ambiente. Essas pessoas criam os animais com o mínimo contato humano, com rotina mais aproximada possível aquela que o animal encontrará na natureza quando estiver pronto para ser solto.
Acredita-se que regularizando a questão, logo esse trabalho será incentivado e animais que hoje contam com a sua população reduzida no estado poderão ter ser encontrados em maior número na natureza.
