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Uber reduziu mais da metade das corridas de aplicativos de táxi

XV CURITIBA
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File illustration picture showing the logo of car-sharing service app Uber on a smartphone next to the picture of an official German taxi sign in Frankfurt, September 15, 2014. A Frankfurt court earlier this month instituted a temporary injunction against Uber from offering car-sharing services across Germany. San Francisco-based Uber, which allows users to summon taxi-like services on their smartphones, offers two main services, Uber, its classic low-cost, limousine pick-up service, and Uberpop, a newer ride-sharing service, which connects private drivers to passengers - an established practice in Germany that nonetheless operates in a legal grey area of rules governing commercial transportation. REUTERS/Kai Pfaffenbach/Files (GERMANY - Tags: BUSINESS EMPLOYMENT CRIME LAW TRANSPORT)

Estadão Conteúdo

Um estudo divulgado nesta quinta-feira, 12, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), constatou que a entrada da Uber no Brasil gerou, em média, a redução de 56,8% das corridas de aplicativos de táxis. A pesquisa foi realizada em 590 municípios, entre os anos de 2014 e 2016, e levou em conta critérios como número de corridas realizadas, mês e ano em que cada cidade passou a ser atendida, o valor médio da corrida em reais e a distância média percorrida.

O levantamento do Cade sugere que, "além de conquistar usuários de outros modais de transporte que não utilizavam serviços de aplicativos de táxi, a Uber também rivalizou com os serviços de aplicativos de táxi, conquistando parte de seus usuários". Foram considerados como aplicativos de táxi as seguintes empresas: EasyTaxi e 99Taxis.

A pesquisa concluiu que o serviço de transporte individual traz mais inovações aos consumidores, o que torna defasada a regulação atual dos táxis. O documento elogia a aprovação, em março deste ano, do projeto de lei que regulamenta os aplicativos de transporte individual de passageiros. "É necessário o amadurecimento do debate na direção da desregulamentação gradual dos serviços de táxi, em especial, nos aspectos relacionados a barreiras à entrada e à liberdade tarifária", afirma o Cade.

O estudo mostra que, se for levado em conta só capitais, o impacto concorrencial é menor. Nessas cidades, a queda no número de corridas de táxi foi de 36,9%, em média. No entanto, segundo o Cade, "quando se examinam apenas as capitais das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o efeito da entrada da Uber sobre as corridas de táxi é menos intenso (redução de 26,1%) quando comparado com os resultados das capitais do Norte e Nordeste (redução de 42,7%)".

De acordo com a pesquisa, a queda maior do número de corridas de aplicativos de táxis nas capitais das regiões Norte e Nordeste se deve à "entrada tardia do aplicativo Uber nesses municípios (entre março e dezembro de 2016)". Porém, "quando se observa o grupo das capitais das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, verifica-se que as entradas se iniciaram em maio de 2014".

A pesquisa mostrou também que apenas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste houve uma reação das empresas de táxi para reduzir os valores em 12,1%, o que "indica que o setor de táxi por aplicativo reagiu oferecendo descontos nos valores das corridas após um período mais longo de exposição a um ambiente competitivo".

A primeira cidade brasileira a receber o aplicativo de transporte individual Uber foi o Rio de Janeiro, em maio de 2014 No Nordeste, Recife foi o primeiro município a contar com o serviço, em abril de 2016; e no Norte, Belém foi a primeira cidade a contar com a novidade, a partir de fevereiro de 2017. A Uber está presente em cerca de 633 cidades de 82 países e é considerada a startup com maior valor de mercado, que chega a aproximadamente US$ 70 bilhões.

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