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Preta Gil e Gal Costa lançam o clipe-manifesto de “Vá Se Benzer”

Felipe Almeida
5 Min Read

Parece que o respeito deixou de existir na sociedade atual que está tomada por julgamentos infundados e valores tradicionais hipócritas, que apenas auxiliam na disseminação do ódio e do preconceito. Sim, isso acontece em pleno 2017. (triste, né?)

Em tempos de intolerância e radicalismo, Preta Gil lançou o clipe-manifesto para a sua canção "Vá se Benzer", que conta com a participação de um dos principais nomes da Música Popular Brasileira, Gal Costa, que também é madrinha de nascimento da cantora.

Em uma de suas recentes entrevistas, Preta comentou que o single fala desse momento atual em que vivemos em que as pessoas se preocupam somente em apontar o dedo para outras. "Estou ali, dando minha cara a tapa, mas estou representando milhões de pessoas que sofrem diariamente com esse julgamento".

"Vá Se Benzer" faz parte do último álbum de Preta, o "Todas as Cores", que marca os 15 anos de sua carreira.

Confira:

Manifesto “Vá Se Benzer”

Vá Se Benzer! Sou eu, diz aí quem é você entre os 7.6 bilhões dessa terra?
Quem somos na fila do pão, do “inferno” ou “céu” desse nosso existir?
Quem sobreviverá à era do ódio apocalíptico? Ao tempo bipolar em um mundo partido por partidos, lados da mesma moeda. Quem está livre dos “likes” e “dislikes”? Dos “gostos” e “desgostos” de convivermos na rede virtual da sociedade?
Sou preto e você azul? Sou homo e você hétero? Sou gordo e você magro? Sou Shalom e você Saravá? Sou isso e você aquilo?
O que importa? Que diferença a diferença fará em um mundo finito de infinitos mortais?
No final, iremos todos para um mesmo buraco, alguns cremados quando o dia chegar, outros queimados vivos pelos seus “iguais”. Esquecemos de respirar o ar do viver em paz e viciados na guerra, praticamos sem culpa o esporte de julgar.
Seu Deus é melhor que o meu? E quem não tem um pra chamar de seu? Merece respirar o mesmo ar?
Quem te ensinou a julgar não tinha defeitos? Seus medos são maiores que seus preconceitos?
Você tem moral para opinar sobre a moral do outro? Quem é caça e caçador na selva? Mocinho ou bandido no “bang bang”?
Está livre do mosquito ou da bala perdida? Hipócritas apontam o dedo aos gordos, índios, albinos, coxos, pequenos, negros, ricos, pobres, cafonas…
A todos que sirvam de alvo aos pescadores do ódio nas redes virtuais, nas rodas virulentas e virais dos odiosos de plantão. Ninguém é santo e está livre desse pecado. Quem nunca apontou o dedo? Tem alguém perfeito aqui?
Tem alguém acima do bem e do mal? Alguém encontrou a felicidade ou a satisfação?
Conta aí, compartilha.
E amar, alguém já sabe conjugar? Ainda há tempo?!
Ainda nos resta o dia de hoje, talvez o segundo seguinte, o presente, esse aqui e agora. Seu tempo, meu tempo, seu direito, meu direito. Su casa mi casa.
Paremos de julgar, de jogar pedra, de gastar a vida fazendo com o outro o que não quer sentir na pele.
Respeito é bom e você gosta, eu gosto.
O último a sair do jogo de acusações do homem contra o homem, acende a luz. A luz da vida para amar e ser livre, para ser quem você é e fazer sua parte.
Tome conta da sua vida, deixe o outro pagar as próprias contas e pecados.
Crédulo ou não, ninguém é santo nesse templo da imperfeição.
Se não acreditar em nada disso, basta aceitar ser H-U-M-A-N-O, mano(a). Humano na espécie, humano no propósito de fazer e querer ser feliz.
Pensa no outro além de si.
Estamos juntos sob a lei da ação e reação, seja “fake”, “hater”, beato ou pagão.
Fazer o bem, que mal tem? Fazer o mal, que bem faz?
Diga aí, quem é você?
Vá Se Benzer!

ENTENDEU?

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