Paraná dobra vendas para Coreia do Sul e amplia para Canadá e Taiwan

XV CURITIBA
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Curitiba - 12-07-10 - Entre os produtos exportados, o destaque é a soja. Apesar da queda nos preços da commoditie nos mercados internacionais, a movimentação pelo Porto de Paranaguá superou a marca de 3,5 milhões de toneladas. A quantidade de farelo produzido no Brasil e enviado para outros países chegou a 2,8 milhões de toneladas. Foto: Rodrigo Leal / Appa.

O Paraná duplicou as exportações para a Coreia do Sul nos primeiros oito meses do ano. Puxadas pelos embarques de farelo de soja, milho e couro, as vendas para o país asiático cresceram 106%, passando de US$ 120,2 milhões, para US$ 247,9 milhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

As exportações para a Coreia do Sul foram as que mais cresceram no ano, seguidas pelas vendas para o Canadá, com avanço de 87,5%, e Taiwan, com aumento de 58%. Nos três países, as exportações foram impulsionadas pelas commodities agrícolas.

“Esses mercados ainda são pequenos para o Estado mas representam a diversificação de destinos dos produtos do Paraná”, diz o presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Júlio Suzuki Júnior. De acordo com ele, o crescimento de mercados menores também tem ajudado o Paraná a ter um desempenho melhor do que a média brasileira nas exportações.

FARELO – A Coreia do Sul subiu da 18ª para a 8ª posição entre os principais compradores dos produtos paranaenses.

O maior destaque é o farelo de soja, responsável por 60% dos embarques para aquele país. As exportações do produto para os sul-coreanos cresceram 307,72%, chegando a US$ 149,8 milhões. As vendas de cereais, principalmente milho, avançaram 348,65%, para US$ 24,9 milhões. Já a exportação de couro aumentaram 121%, para US$ 8,5 milhões.

“Tudo indica que o aumento das vendas de farelo de soja e milho está relacionado ao fortalecimento da cadeia de carne no País, já que são produtos muito usados para alimentação animal”, diz Suzuki Júnior, do Ipardes. “A Coreia do Sul tem uma renda per capita elevada e o enriquecimento, em geral, se traduz no crescimento do consumo de carne”, explica.

AÇÚCAR – As exportações para o Canadá, que somaram US$ 83,7 milhões (alta de 87,5%) foram puxadas pela venda de açúcar, que representaram praticamente 80% de tudo que o Paraná enviou para o país. Nos primeiros oito meses foram US$ 66,78 milhões em exportações de açúcar bruto, 215,8% mais do que os US$ 21,1 milhões registrados no mesmo período do ano passado.

Com déficit na produção mundial, os preços do açúcar reagiram nesse ano, o que vem beneficiando as exportações do setor sucroalcooleiro do Paraná. Outro destaque nas exportações para os canadenses foi o papel, que evoluiu 193%, para US$ 247,8 mil.

SOJA EM GRÃO – Terceiro país com maior crescimento, Taiwan comprou US$ 87,7 milhões do Paraná nos primeiros oito meses do ano, 58% mais do que no mesmo período de 2015. O país concentrou seus embarques em soja em grão, que representaram 55,41% do total enviado ao país pelo Estado. As vendas do grão avançaram 51,7% – para US$ 48,6 milhões. As exportações de cereais somaram US$ 21,9 milhões, com alta de 21,68%.

TODOS OS DESTINOS – Nos primeiros oito meses de 2016, as exportações do Paraná para todos destinos somaram US$ 10,6 bilhões, com evolução de 3% sobre o mesmo período do ano passado. Na mesma base de comparação, o Brasil registrou uma queda de 3,72% nas vendas externas, que totalizaram US$ 123,6 bilhões.

Os três principais destinos dos produtos paranaenses também aumentaram suas compras. A China importou US$ 2,99 bilhões do Paraná de janeiro a agosto, 13,48% mais do que no mesmo período do ano passado (US$ 2,63 bilhões).

A Argentina, segundo maior mercado do Paraná, adquiriu US$ 924,2 milhões de janeiro a agosto – 28,62% mais do que os US$ 718,5 milhões comprados no mesmo intervalo de 2015. As exportações para os Estados Unidos, por sua vez, cresceram 7,53%, de US$ 475,9 milhões para US$ 511,8 milhões na mesma base de comparação.

PROJEÇÃO – Para Suzuki Júnior, a tendência é que o Paraná feche o ano com resultado positivo nas exportações, rompendo dois anos seguidos de queda. “Ainda que não tenhamos o impacto das exportações da soja no segundo semestre, já que os embarques se concentram na primeira metade do ano e a valorização recente do real possa trazer um pouco de preocupação, o Paraná deve fechar no azul as exportações de 2016”, afirma.
 

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