Crítica | Bohemian Rhapsody

XV CURITIBA
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Eu cantarolando “We Are The Champions” no meu microfone imaginário. É assim que saí da sala de cinema depois de assistir Bohemian Rhapsody. Sempre fui fã do Queen e confesso que fiquei muito entusiasmado quando divulgaram que fariam um filme sobre a banda e sobre Freddie Mercury. Minha expectativa foi lá em cima. E até quem não é fã, vai acabar se tornando depois de assistir esse filme. O longa entra em detalhes sobre algo que poucos conhecem: a origem e a trajetória de Freddie Mercury com a banda até ao sucesso, e o principal, as dificuldades depois do sucesso já alcançado.

O início da carreira, como a banda se conheceu, os amores de Freddie e sua bissexualidade, os amigos verdadeiros, os falsos, a separação, o retorno triunfal e as consequências que Freddie teve que lidar com a vida que escolheu. Rami Malek está magnífico no papel principal. Sua aparência e performance lembra MUITO Freddie Mercury. Claro que os fãs mais fervorosos podem não gostar e sentir que faltou algo aqui e ali, mas achei que foi bem digno. E por pouco que não foi Rami Malek no papel de Freddie. O ator Sacha Baron Cohen foi o primeiro escolhido para interpretá-lo, mas saiu no meio do projeto.

É um filme musicalmente gostoso de assistir e ouvir, pois te faz cantar junto com as grandes músicas como “Another One Bites the Dust”, “Radio Ga Ga” e claro, “Bohemian Rhapsody”. A trilha sonora, por si só, é maravilhosa e já sabíamos disso. Mas o diretor Bryan Singer conseguiu inserí-las nos melhores momentos possíveis, deixando tudo mais enérgico e sem freio, no bom sentido. É quase impossível não se emocionar cantando junto, ou no mínimo bater os pézinhos embaixo das poltronas. O filme apresenta uma narrativa dinâmica. Tudo que é abordado, é bem explicado e não deixa pontas soltas. Isso é bom e ruim ao mesmo tempo, já que foi um filme leve até demais se tratando de Freddie Mercury. Nos apresentaram uma história pincelada, trazendo muito pouco daquela intimidade complicada de um das maiores figuras da história da música. Quem conhece um pouco melhor a história de Freddie, sabe que algumas coisa foram muito mais obscuras e complicadas, mas não vemos muito disso em tela. Essa parte, novamente, pode não agradar os que esperavam muito por isso. Mas se você não é tão exigente, é algo que nem vai notar e não fará tanta falta. Os momentos finais, a épica apresentação do Live Aid, considerada uma das maiores apresentações de uma banda na história do Rock, é o ápice do filme. Cativante, esplêndido e você se sente literalmente dentro de um show do Queen. É aquele momento pra vibrar, cantar e se emocionar. 

Bohemian Rhapsody é entretenimento puro. Creio que tenha sido feito para ser assim mesmo, porque se o foco era contar a história real da banda e de Freddie, como uma biografia, eles falharam. Mas como uma obra que diverte, anima e emociona, funciona bem até demais. É um filme que precisa ser assistido e apreciado e você provavelmente sairá da sala de cinema como eu saí, ainda mais fã da banda e cantarolando suas músicas pelas ruas. 

Assista ao trailer: 

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Posted by XV CURITIBA
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